Leitura

Diferença entre Tristeza e Depressão

Por Aline Moreira  |  10/03/2019

Durante a vida podemos experimentar vários momentos de tristeza. Em alguns dias nos sentimos bem, felizes e animados, mas em outros, nos sentimos tristes, cansados e sem vontade de fazer nada. Enfrentar dificuldades e problemas faz parte do nosso cotidiano, sendo inerente à existência humana. É inevitável não se aborrecer ou não se entristecer diante de uma demissão, de um projeto que não está dando certo ou com a perda de um ente querido, por exemplo.

A grande diferença está em como encaramos essas adversidades impostas pela vida. Se com profundo pesar, porém com relativa naturalidade, compreendendo que os percalços fazem parte de nossas vidas, podendo até contribuir para o nosso crescimento, ou com um incontrolável abalo emocional, resistente à aceitação e à compreensão, fazendo com que o problema tome proporções excessivas a ponto de afetar diretamente nossa rotina diária e relacionamentos.

Um dos primeiros fatores de diferenciação entre a tristeza e a depressão está na duração. A tristeza é uma emoção que não necessariamente atrapalha a rotina, podendo durar horas ou dias. Já a depressão pode afetar duramente a produtividade, dificultando a realização das tarefas mais simples, podendo durar anos caso não haja uma intervenção com o tratamento adequado.

A pessoa que sofre com depressão pode apresentar um enorme desinteresse por amigos, familiares e por atividades das quais gostava. Pode sentir com frequência uma sensação de esgotamento físico e mental com relatos de perda de sentido na vida e nas atividades cotidianas, se configurando em uma “grande tristeza”. Porém, esta tristeza é diferente, vindo acompanhada por sentimentos de desamparo e de desesperança que afetam diretamente a capacidade de realização das atividades mais simples e corriqueiras, como se alimentar, estudar, trabalhar e dormir.

Os sintomas podem variar conforme as causas, que são diversas, não havendo um tratamento padrão a ser adotado. Ignorá-los pode significar o agravamento do quadro da doença, sendo de fundamental importância a busca por uma ajuda profissional com a identificação dos primeiros sinais, iniciando-se o tratamento com máxima brevidade e evitando-se, assim, a sua evolução.

Reconhecer a difícil situação de lidar com os problemas, identificando os seus sintomas é o primeiro passo para a cura, pois, diferentemente do que muitos ainda acreditam, depressão não é “frescura”. Pelo contrário, a depressão é uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde – OMS, afetando atualmente uma grande parte da população mundial, estando hoje entre as patologias mais prevalentes. Mas, importante frisar e repetir que a depressão tem tratamento e tem cura.

Seguem abaixo algumas práticas relacionadas à manutenção de um estilo de vida saudável que podem prevenir a depressão (Fonte: Ministério da Saúde):

  • Ter uma dieta equilibrada.
  • Praticar atividade física regularmente.
  • Combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas.
  • Evitar o consumo de álcool.
  • Não usar drogas ilícitas.
  • Diminuir as doses diárias de cafeína.
  • Rotina de sono regular.
  • Não interromper o tratamento sem orientação médica.

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